Entrevista a Giorgio Del Signore, novo presidente da EdiC Spa Benefit
por Antonella Ferrucci
Giorgio Del Signore, 55 anos, romano, desde 26 de maio deste ano é o novo presidente da “EdiC Spa benefit” sociedade que administra o Polo Lionello Bonfanti; contará com a colaboração de uma nova diretoria, ampliada e dotata de grandes competências. Empresário EdC desde o início, em todos estes anos trabalhou de forma contínua pela Economia de Comunhão, assumindo responsabilidades em nível local, regional e nazional. Sócio fundador do Polo Lionello Bonfanti e da AIEC, foi a pessoa de contato para os empresários do Lazio (AIPEC-Lazio).
Hoje chega esta nova responsabilidade, um verdadeiro desafio. Giorgio como vive essa novidade e qual é a marca que pretende deixar nos próximos três anos no Polo Lionello Bonfanti?
Depois de vinte e sete anos de vida na EdC e pela EdC, vivo esta novidade com uma pitada de apreensão (pela tarefa delicada que toca a mim e ao resto desta extraordinária Diretoria), mas também com profundo senso de gratidão por tantas manifestações de estima, confiança e incentivo que em 26 de maio chegaram da Assembleia dos Sócios e que continuam chegando, quotidianamente, de todas as partes da Itália, também de pessoas empenhadas em outras organizações como a economia civil, social, circular... Este também é um sinal do quanto o Polo Lionello está no coração de muitos, em todo o país.
Referente à marca que se pretende deixar nesta gestão, penso que se um projeto é realmente inovador, os seus objetivos não poderão se alcançados com um marketing tradicional (funcionaria pouco). Deveríamos, ao invés, concentrar-nos no desenvolvimento das peculiaridades da visão e da missão, que motivaram fortemente o nascimento da EdiC Spa e a adesão dos seus 5.700 sócios, residentes em toda parte na Itália. Na visão, por exemplo, com os princípios da EdC está incluso o seu fazer parte da Cidadela de Loppiano (também o Papa Francisco mencionou o
Polo Lionello em sua visita recente); enquanto que na missão está o seu ser realidade “polarizadora” de toda empresa e iniciativa EdC na Itália. Para que o Polo Lionello se torne sempre mais um bem comum e produza valores de todo tipo, não podemos prescindir desses dois elementos. Além disso, como expressão de ambos, estão em nossos corações, de modo especial, o experimento e a difusão daquele empreendedorismo e daquela propensão empresarial que se desenvolvem em sintonia com a vida da comunidade, mirando o desenvolvimento humano integral e gerando um círculo virtuoso entre qualidade de vida da comunidade e qualidade do projeto empresarial. Boa parte do valor do Polo Lionello está aqui. Repostas eficazes ao desejo de mudança do sistema econômico não podem prescindir de experiências como esta.
A diretoria aumentou para 9 membros, nove pessoas com competências muito ricas e variadas, cada um com a sua contribuição específica para o Polo Lionello Bonfanti. Poderia nos apresentar cada uma dessas pessoas?
É difícil apresentar por títulos uma diretoria tão rica de competências humanas e profissionais. Somente para dizer algo, comigo estão:
Sandra Della Bella, empresária de sucesso no Polo Lionello, Koen Vanreusel, empresário fundador do Polo EdC da Bélgica, Marco Cabassi, empresário milanês, Carlo Pigino, gestor de uma grande multinacional europeia, Fabio Vitale, especialista em finanças num banco europeu, Tina D’Oronzo, especialista em investigação de 'lavagem de dinheiro', Flavia Cerino, advogada com ampla experiência no campo de migração, acolhida e integração, Maria Gaglione, professora do ensino médio e representante dos jovens EdC italianos. Em nível operacional, juntamente com o pessoal e os colaboradores, todos muito bem qualificados, Rebeca Gomez, advogada e pessoa que há anos trabalha para o desenvolvimento da EdC, também em nível internacional, irá apoiar a diretoria.
Quais são os desafios que vê diante de vocês hoje para o Polo Lionello e quais são as oportunidades que, através desta nova gestão, pretente obter?
A oportunidade que construímos nos primeiros 27 anos de EdC é fazer com que as comunidades e as empresas trabalhem, em todo lugar, “juntas”, como foi no Movimento dos Focolares que está nas origens da EdC. De fato, em toda Itália são muitas as empresas e as comunidades (também fora do Movimento) que conheceram a economia de comunhão e que nela encontraram uma referência importante, ou até mesmo essencial, para a qualidade da própria vida. Tudo isso representa uma grande oportunidade de mudança.
O desafio principal é o desafio organizacional. Na verdade, as organizações da EdC nunca vão ser hierárquicas, nem simplesmente funcionais, nem somente de projetos, porque olha-se primeiramente para aquela que é a vocação (humana e profissional) de uma pessoa ou de uma organização. Portanto, a partir desta governança vocacional emerge, em primeiro plano, a necessidade de criar aquele contexto onde todos possam trazer a sua especificidade positiva que se sentem chamados a construir, pelo bem comum. É um desafio estimulante e maravilhoso, que pode prever uma verdadeira mudança econômica e social e que tem em seu centro não só o Polo Lionello, mas todo o sistema EdC que há anos está sendo, progressivamente, gerado.