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Rede de venda direta cresce sob inspiração da EdC

por Luís Henrique Marques

publicado na Revista Cidade Nova abril/2019

Depois de uma primeira experiência empreendedora mal sucedida, os então namorados Emílio de Souza StrapazzonIndian Henki fundaram, em 2004, a Sprap, empresa de Pelotas (RS ) voltada à venda direta (por catálogo) de semijoias e roupa íntima. Começaram modestamente, com uma pequena loja e chegaram a constituir uma rede com seis unidades. Optaram, desde o início, em investir numa marca própria e, mais recentemente, em transformar a rede de lojas no sistema de venda direta.


Mas foi a adesão à Economiade Comunhão (EdC), em 2016, que passou a dar um sentido novo a esse empreendimento. Tudo começou com uma experiência particular da família de Emílio. O período doloroso que precedeu a morte da mãe do empresário, vítima de câncer, fez o casal pensar profundamente sobre o sentido que estava dando à própria vida e, em particular, aos negócios. “Diante da constatação da fragilidade da vida, decidimos que deveríamos fazer o bem agora!”, conta Emílio. Isso os motivou a se aproximar da EdC, da qual já tinham algum conhecimento.

Uma das suas experiências inspiradas na Economia de Comunhão diz respeito à relação com a rede de 30 colaboradoras diretas e das cerca de 700 consultoras independentes, espalhadas por toda região sul do estado gaúcho. “É uma relação bacana, porque muitas dessas mulheres tornaram-se nossas amigas. Começamos a participar da sua vida pessoal e familiar, de alguma forma”, conta Emílio.

Ele explica que esse modelo é capaz de atender a diferentes demandas pessoais e familiares das colaboradoras. “Tem quem se dedica integralmente à venda dos produtos e chega a ter um ganho líquido de R$8 mil e quem necessita apenas de uma renda extra de R$200 mensais, suficientes para pagar um curso a distância.” A parceria entre a empresa – constituída apenas pelo casal – e essa rede de colaboradoras funcionou tão bem que a Strap aumentou seu faturamento em 40% no último ano. Isso aponta para a possiblidade de expansão da rede para outras regiões do Rio Grande do Sul.

Um dos elementos fundamentais da Economia de Comunhão é a possibilidade de empresas participantes colocarem em comum parte dos seus lucros com os necessitados. Assim, desde 2016, a Strap ajuda regularmente a construção do setor de pediatria do Hospital São Judas, de Pelotas.

Mas nem tudo são flores. Por ter uma empresa familiar, o casal, hoje com três filhos pequenos, precisa sempre separar os compromissos profissionais dos familiares. Outro desafio é se equilibrar diante da complexa e onerosa legislação tributária brasileira. Enfim, Emílio e Indian precisam “matar um leão por dia”.

Eles testemunham que, para além de estratégias comerciais, a experiência da EdC os fez contar com a ação “da mão invisível de Deus”, que se manifesta,
por exemplo, em tomadas de decisão ou pequenos acontecimentos cotidianos que se revelam estratégicos para o sucesso da empresa. “Desde que começamos a fazer essa experiência, percebemos um fio condutor da ação de Deus em resposta ao nosso empenho de um trabalho ético e que visa o
bem do outro, e vai além do lucro”, conclui Emílio.

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