
Alessandra Smerilli, PhD
Pontificia Facoltà di Scienze dell'Educazione Auxilium
Piazza S. Maria Ausiliatrice, 60
00181 ROMA RM
e-mail: asmerilli@pfse-auxilium.org
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por Alessandra Smerilli
publicado no site Roma Sette em 28/04/2020
Há muito tempo, Édipo, velho e cego, vagava pelas estradas. Ele parou ao sentir um cheiro familiar. Era a Esfinge. Édipo disse: «Gostaria de lhe fazer uma pergunta. Por que eu não reconheci minha mãe?» «Porque você deu a resposta errada», lhe disse a Esfinge. «Mas foi tal resposta que tornou tudo possível», disse Édipo. «Não», ela disse. «Quando eu perguntei ‘O que caminha com quatro pernas pela manhã, duas à tarde e três à noite, você respondeu ‘o Homem’. Você não disse nada sobre a Mulher.» «Mas quando você diz Homem», falou Édipo, «isso inclui as mulheres também. Todo mundo sabe disso.» Ela lhe replicou: «Isso é o que você pensa». (Myth, Muriel Rukeyser). Infelizmente, na economia e em outras ciências sociais, por muito tempo assistimos a uma generalização dos padrões masculinos, como se eles englobassem todo o ser humano. E como sugere a Esfinge, o erro, porque o erro é o que é, ainda está passando por nossas sociedades. Mas as vulnerabilidades, mesmo econômicas, que a pandemia está revelando, talvez nos peçam para termos um novo olhar.
A emergência sanitária que estamos passando nos mostra como é importante saber cuidar uns dos outros. A angústia de ver as pessoas morrerem sozinhas e sem conforto nos remete à necessidade de um olhar, de um conforto e de uma carícia. Os seres humanos são feitos um para o outro. Ao longo da história, a dimensão do cuidado tem sido muito relegada à esfera feminina e privada: em público é preciso ser forte, não se pode comover-se e o cérebro deve prevalecer sobre a emoção. Ao fazê-lo, expulsamos uma das dimensões fundamentais do ser humano da vida pública, e não a valorizamos. Neste período de permanência forçada para muitos em suas próprias casas, as exigências do trabalho doméstico e do cuidado estão encontrando um novo equilíbrio, e a reorganização que uma vida em movimento em coexistência com o vírus exigirá de nós será capaz de ver contribuições sem precedentes dos olhares femininos para a economia e o trabalho. Para citar apenas uma, da filósofa canadense Jennifer Nedelsky, as novas regras sociais sobre o trabalho poderiam proporcionar menos horas de trabalho para todos (e já estamos experimentando que muitos trabalhos também podem ser feitos remotamente), e, como parte de um bom trabalho, algumas horas da semana poderiam ser dedicadas a cuidar dos outros, na família ou na vizinhança.
Do cuidado relegado às mulheres e à esfera privada, ao cuidado como atividade de importância pública e bem comum compartilhado por todos. Seria ir além do que está em jogo no ser humano. A casa comum só pode se tornar mais humana e mais hospitaleira se a olharmos e pensarmos nela juntos, homens e mulheres. O mundo terá dado um passo à frente se, quando encontrarmos uma pessoa, antes de perguntarmos "o que você faz?", perguntarmos "de quem você cuida?". Daremos um passo à frente se conseguirmos estimar quem pode parar para oferecer um gesto de atenção a uma pessoa idosa ou a uma criança, mais do que aqueles que têm uma vida tão agitada que não podem sequer parar para fazer um telefonema espontâneo.
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